terça-feira, 26 de agosto de 2014

Análise da música Fátima

Fátima - Capital Inicial
As três crianças (a morte, a fome, e a guerra) ele parafraseia a ilusão cotidiana, exarcebando no contexto a nulidade e efemeridade humana, cita apostasia, envereda pela crença numa fé morta quando cita Fátima (dita virgem) e hoje cultuada e idolatrada de uma forma econômica,caminha ainda pelas veredas do super homem pragmático citado por Friedrich Nietzsche no livro assim falou zaratustra quando cita as transformações do homem da sua pequenez diante dos desafios,e da aversão a esse Deus indolente e egoista. Disse sem dizer , falou pros raros, poucos são os que entendem…
A 1ª estrofe esele se refere a Época da ditadura nos países subdesenvolvidos que pegaram dinheiro emprestado dos EUA, buscando um “desenvolvimento” e manipulando seu povo achando que São Deus. Mais o que começa um dia acaba, como o esquema um dia acabou.
E AS AMEÇAS DE ATAQUE NUCLEAR, BOMBAS DE NEUTRÔNS NÃO FOI DES QUEM FEZ – há troca de prótons e eletrons, porém quando se manipulam os neutrôs, isso é feito pelo homem, se tem as bombas nucleares.
VOCÊS SÃO VERMES E PENSAM QUE SÃO REIS – “bichinho de Jacó” em Isaías 41:14 – foi uma expressão usada pelo Senhor Deus como uma palavra de amor ao seu povo.
TRÊS CRIANÇAS SEM DINHEIRO E SEM MORAL – as 3 crianças pobres que chegaram ao poder : Lenin, Stálin e Roosevelt.
NÃO OUVIRAM A VOZ SUAVE QUE ERA UMA LÁGRIMA E SE ESQUECERAM DE AVISAR A TODO MUNDO ELA TALVEZ TIVESSE NOME ERA FÁTIMA – o
3º segredo de Fátima nunca revelado, segundo dizem seria a 3ª Guerra mundial, onde:
DE REPENTE O VINHO VIROU ÁGUA – Seria o anticristo. Pois Cristo transformou o vinho em água.
E A FERIDA NÃO CICRATIZOU – a 3ª Guerra seria de bombas nucleares onde ninguém irá ressucitar e o limpo ficará sujo por gerações com material radioativo.
Capital Inicial é uma banda de rock brasileira formada em Brasília, Distrito Federal, em 1982, depois que o grupo Aborto Elétrico encerrou as atividades, dando início também à banda Legião Urbana. A banda é composta pelo vocalista e guitarrista Dinho Ouro Preto, o baixista Flávio Lemos, seu irmão o baterista Fê Lemos, o guitarrista Yves Passarell e, pelos músicos de apoio Robledo Silva (teclado e violões) e Fabiano Carelli (guitarra e violão). Nos últimos anos sofreu grandes modificações em seu estilo, tendo como maior influência o rock inglês.
Crítica, simples, bem estruturada, bem cantada e tocada, e sucesso. É tudo o que eu posso dizer da música que será interpretada. Fátima, foi escrita por Renato Russo e com sucesso na época do Aborto Elétrico. Cantada atualmente por Dinho, envolve-se o mito, de que Fátima foi escrita em cinco minutos, o que é admirável, uma vez que é uma das mais belas canções de Rock Nacional, nos anos 80, sendo crítica à sociedade e religião, além claro, do modo de vida de todos da época. Bom, primeiramente, quando falamos de interpretação, falamos de visões particulares e nem por isto certas ou erradas, creio que nem o autor de uma obra qualquer detenha a única interpretação plausível. Falando especificamente de Fátima, existe uma crítica tanto à religiosidade passiva, que torna o homem mero espectador da ação divina ao invés de responsável por seu próprio arbítrio, como também ao espirito capitalista presente em todos nós, na prisão excessiva que impomos à nossa mente, apensa unicamente a problemas cotidianos, que ganham espaço em detrimento da espiritualidade e senso ético, este, que vai morrendo no ser humano condicionado, fazendo da dita realidade a maior alienação. Existe também um discurso contra o orgulho dentro do saber científico no trecho: "Continuam só fingindo que o mundo ninguém fez". Esta parte é encerrada com a defesa do criacionismo na frase: "Mas acontece que tudo tem começo", continuando "Se começa um dia acaba, eu tenho pena de vocês" refletindo sobre a efemeridade do próprio homem enquanto ser físico. A partir daí posiciona as consequências da inteligência desprovida de moral, como os ataques nucleares, bombas de neutrons e coloca o homem como vítima do próprio homem quando diz que alguém um dia vai se vingar. O autor se coloca como alguém que tirou o proveito da ciência, mas sem confiar que ela seja a única razão na frase: "eu já sei o que preciso saber e agora tanto faz". Para encerrar a composição, Renato Russo cita mistérios de Fátima como se estivesse fazendo uma mera narrativa católica, onde creio que seja uma forma disfarçada de dizer que temos muitos chamamentos suaves feitos por Deus, mas somos crianças no conhecimento real, sem riquezas de espírito e sem moral para compreender estes sinais sutis.
Líder do grupo: Amanda C.



domingo, 24 de agosto de 2014

Análise da música Que país é esse?

Que pais é esse - Capital Inicial (Cover)

Nas favelas, no Senado
Sujeira pra todo lado
Ninguém respeita a Constituição
Mas todos acreditam no futuro da nação

Logo na primeira estrofe, temos uma afirmação problemática: “ninguém respeita a Constituição”, desde o mais pobre (nas favelas), até queles que deveriam dar o exemplo (no Senado), não há quem respeite, e onde não há respeito não há ordem, há bagunça, sujeira (Sujeira pra todo lado). Todos acreditam que o país pode melhorar, mas ninguém que fazer sua parte, é um esperando pelo outro e todos de braços cruzados. Na época em que a canção foi composta (1978) e também quando o disco foi lançado (1987), a constituição em vigor era a de 1967, aprovada durante o regime militar. Temos aqui uma colocação supostamente contraditória: a constituição, mesmo de natureza autoritária, é evocada como um documento a ser respeitado, mas que não se respeita. Nesse caso, constituição pode ter sentidos diversos, talvez, no caso da letra, se reduza aos aspectos positivos de um conjunto imaginário de direitos e deveres de todos que vivem em sociedade.

Que país é esse (3x)

No Amazonas, no Araguaia, na Baixada Fluminense
Mato Grosso, nas Geraes e no Nordeste tudo em paz  

Neste trecho, temos a referência não apenas a diversas regiões violentas do Brasil, mas, sobretudo, a fatos históricos envolvendo repressão. Como exemplo, temos a referência à guerrilha do Araguaia, onde o regime militar, matou e deixou desaparecidas várias pessoas que protestavam contra o governo, e a Baixada Fluminense que até os dias de hoje apresenta elevados índices de violência, sobretudo em relação ao tráfico de drogas, que também está relacionado com a região do Amazonas. Esta última porém, é melhor trabalhada na canção “Conexão amazônica”, do mesmo disco. A ênfase vocal de Renato Russo no trecho “tudo em paz” constitui um deboche, que é ao mesmo tempo ironia e sarcasmo, pois nesse cenário de violência apresentado, como tudo poderia estar em paz?

Na morte eu descanso mas o sangue anda solto
Manchando os papéis, documentos fiéis
Ao descanso do patrão

Já a qui, o autor parece acreditar num possível descanso só após a morte, mas também, deixa claro que a mesma tem sido mecanismo dos poderosos para calar a muitos (sangue anda solto ), usando suas posições e influencias, alteram documentações, somem com provas e qualquer indicio que possam ligá-los ao sumiço de seus desafetos (Manchando os papéis, documentos fiéis ), é a tal queima de arquivo, que ainda nos dias de hoje ouvimos falar. E ainda nesse trecho ele nos deixa a ideia de que, aqueles que poderiam fazer alguma coisa, simplesmente ignoram, fazem vista grossa ( Ao descanso do patrão).

Que país é esse (4x)

Terceiro mundo se for
Piada no exterior
Mas o Brasil vai ficar rico
Vamos faturar um milhão
Quando vendermos todas as almas
Dos nossos índios em um leilão

Nesta terceira e última estrofe, encontramos uma visão sarcástica do presente e do futuro logo nos três primeiros versos, o autor quer deixar claro o quão longe o país estava de se tornar uma grande nação e nos outros três que seguem o autor faz uma referência metafórica ao nosso passado histórico (“quando vendermos todas as almas/ dos nossos índios num leilão”). Nesse jogo de palavras, temos a afirmação debochada e sarcástica de que o Brasil conseguirá enriquecer e chegar ao nível dos países do primeiro mundo quando comercializar o seu último (e ao mesmo tempo, primeiro) elemento puro da terra: os índios. Nesses versos, temos a idealização do elemento indígena, como símbolo da nossa cultura, crença (de uma certa forma, no verso "Mas o Brasil vai ficar rico " e nos outros que seguem, o deboche virou profecia, e nos dias atuais a profecia esta se cumprindo. O Brasil esta enriquecendo, mas a troco da falência cultural e social do nosso país, pois estamos emburrecendo e agregando a cultura gringa a nossa em troca de favores e de um nome bem visto la foranunca estivemos tão americanizados como nos dias atuais).

Que país é esse (4x)
Líder do grupo: Loianne Amaral

Análise da música Primeiros Erros

Primeiros Erros - Capital Inicial 

Meu caminho é cada manhã 
Não procure saber onde vou 
Meu destino não é de ninguém 
E eu não deixo os meus passos no chão 
 
Se você não entende não vê 
Se não me vê não entende 
Não procure saber onde estou 
Se o meu jeito te surpreende 
 
 
Se o meu corpo virasse sol 
Minha mente virasse sol 
Mas só chove, chove 
Chove, chove 
 
Se um dia eu pudesse ver 
Meu passado inteiro 
E fizesse parar de chover 
Nos primeiros erros 
Meu corpo viraria sol 
Minha mente viraria sol 
Mas só chove, chove 
Chove, chove (2x) 
 
Meu corpo viraria sol 
Minha mente viraria 
Mas só chove, chove 
Chove, chove 
Meu corpo viraria sol 
Minha mente viraria sol 
Mas só chove, chove 
Chove, chove 


Análise da letra 

O verso “O meu caminho é a cada manhã, não procure saber onde estou”, nos passa a sensação de que o “personagem da história” não vive uma rotina e seu caminho é decidido a cada manhã, cada dia é uma surpresa pra ele próprio. E não é para as pessoas se preocuparem com sua vida ou procurar saber por onde anda, pois seu destino não é de ninguém e todas as escolhas e decisões, somente o pertence, por ser independente. 
Ao dizer “Se você não entende, não vê, se não me vê, não entende. Não procure saber onde estou, se o meu jeito te surpreende”, ele transmite a ideia de que não o vemos vivendo para podermos entender seu jeito de levar a vida. Por isso as pessoas se surpreendem com suas atitudes.  
O Sol representa a perfeição, e a chuva, em contraste, representa os erros. Ao mencionar “Se o meu corpo virasse sol, se minha mente virasse sol, mas só chove, chove...”, nos é nítida a frustração do eu lírico ao pensar que se ele fosse perfeito, tudo poderia ser diferente. Mas sabe que não é, e com essa imperfeição, vêm os erros. 
No refrão “Se um dia eu pudesse ver, meu passado inteiro e fizesse parar de chover nos primeiros erros. Meu corpo viraria sol, Minha mente viraria sol. Mas só chove, chove...”, é que notamos a mensagem que a música nos quer transmitir. Porque, se um dia pudermos ver nossos erros cometidos no passado e conseguirmos mudá-los (desde os primeiros erros), nossa vida seria melhor e bem diferente. Tudo seria perfeito. Mas a realidade não é essa. Os erros que foram cometidos permanecem. 
Portanto, a letra fala de uma pessoa que errou muito no passado e agora vê que esses erros não podem mais ser evitados. A chuva e o sol são as metáforas bem utilizadas para falar dos erros e acertos. Por mais que essa pessoa tente voltar ao passado (o que é impossível) e ser sol (acertos), irá chover (erros). 
A história da música é uma lição de que não podemos voltar ao passado, por isso temos que procurar acertar sempre, para que as consequências não venham no futuro. 

Líder do grupo: Alessandra Braich




Análise da música Natasha

Natasha - Capital Inicial 

Tem Dezessete anos 
E fugiu de casa Às sete horas na manhã Do dia errado Levou na bolsa Umas mentiras prá contar Deixou prá trás Os pais e o namorado… 
Um passo sem pensar Um outro dia Um outro lugar Pelo caminho Garrafas e cigarros Sem amanhã Por diversão Roubava carros Era Ana Paula Agora é Natasha Usa salto quinze E saia de borracha… 
Um passo sem pensar Um outro dia Um outro lugar… 
O mundo vai acabar E ela só quer dançar O mundo vai acabar E ela só quer Dançar, dançar, dançar… 
Pneus de carros cantam… 
TchuruTchuruTchuru TchuruTchuruTchuru…(3x) 
Tem sete vidas Mas ninguém sabe de nada Carteira falsa Com idade adulterada O vento sopra Enquanto ela morde Desaparece antes Que alguém acorde… 
Um passo sem pensar Um outro dia Um outro lugar Cabelo verde Tatuagem no pescoço Um rosto novo Corpo feito pro pecado A vida é bela O paraíso é um comprimido Qualquer balaco Ilegal ou proibido… 
Um passo sem pensar Um outro dia Um outro lugar… 
O mundo vai acabar E ela só quer dançar O mundo vai acabar E ela só quer Dançar, dançar, dançar…(2x) 
Pneus de carros cantam… 
TchuruTchuruTchuru TchuruTchuruTchuru 

Natasha foi composta por Alvin L. e Dinho Ouro Preto. Foi em 2001 que a música Natasha se tornou um grande sucesso, mesmo ano em que a banda se apresentou na terceira edição do Rock in Rio para um público com aproximadamente 250 mil pessoas. Natasha foi também a música que impulsionou a banda a alcançar 1 milhão de discos vendidos. 

Imagem 


Esta música não se trata apenas sobre drogas e rebeldia. A Ana Paula, ou Natasha da música, é uma personagem simbólica, que é vivida por muitos adolescentes. A música fala sobre impulso “um passo sem pensar…” que alude principalmente ao princípio animalesco. A personagem da música sofre muitas consequências geradas pelas suas atitudes. Uma observação, é que pode-se dizer que o autor não dá um fim a história da personagem Ana Paula/Natasha.  
Pode-se levar em conta também a presença de dois personagens distintos. A Anna Paula seria a parte certa do personagem, em que todas as suas ações e atitudes são cabíveis a uma adolescente. Já a Natasha representa a rebeldia de muitos jovens e que é considerada um absurdo para a sociedade. A juventude é considerada a idade das opções, na letra da música Natasha percebe-se dois extremos criados justamente a partir das escolhas que a personagem teve durante a música. 
A partir do site olivrodosdias-interpretacao.blogspot.br podemos ver uma interpretação bem clara da música. Abaixo, alguns trechos: 

Ana Paula, [...] foge de casa, deixando pra trás tudo. Uma vida; seus estudos, sua casa, sua futura carreira ou qualquer indício de vida responsável...  Ana Paula, que se torna Natasha quando cai nas ruas, dá "passos sem pensar". [...]Natasha deixa rastros de garrafas, cigarros e badernas, acompanhada ou sozinha, sem pensar no futuro ou amanhã, rouba carros apenas por diversão. Seu ego infla com o caos, e com ele, aumenta o seu salto, e modifica seu estilo.  
Não se aborrece por futilidades, deixou uma vida pra trás! A vida em si já é fútil demais... Natasha só quer se divertir, e faz da sua vida uma diversão intensa... "O mundo vai acabar, e ela só quer dançar”[...] 
Natasha é mais do que outra personalidade. Tem outras personalidades, e tal como, outras identidades - com carteiras falsas e idade adulterada. Ana Paula tem sede de libido[...]  

Líder do grupo: Myllene Fernanda 


sábado, 16 de agosto de 2014

Curiosidades


  • Heloísa, a primeira vocalista do Capital Inicial, era uma gaúcha, amiga de Fê Lemos, na Universidade de Brasília (UnB). O pai dela era um oficial do exército. Um dia ele chegou no ensaio, pegou os equipamentos e disse que sua filha não tocaria mais na banda.

  • Entre os nomes cogitados para o Capital Inicial, dois destacam-se pelo tom exótico: "Dona Laura Vai às Compras" e "Os Esqueletos do Balaco".

  • Dinho não era para ser o vocalista do Capital, era para ser uma mulher, mas essa mulher desistiu na última hora e Dinho entrou no lugar dela.

  • Dinho deixou o grupo para seguir carreira solo em 1993, mas decidiu voltar depois do show comemorativo de 15 anos da banda e de 20 anos do nascimento do rock candango, em 1998.

  • Dinho já foi preso diversas vezes durante a ditadura. Um dos episódios aconteceu em uma "Roconha", festas organizadas em sítios com muito rock e maconha. Renato Russo usou este termo na música "Faroeste Caboclo".

  • Loro chegou a sair do Capital em janeiro de 1998. Murilo, Fê e Flávio continuaram tocando com Yves Passarel (ex-Viper). Por muito pouco a banda não acabou.